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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Hora do Feedback

Já se passaram 60 dias desde o nosso primeiro aperitivo quando o gerente resolveu aliviar o stress e ir para o buteco jogar conversa fiada.

Então, antes que eu me esqueça, obrigado pela audiência aqui no blog (onde vejo as estatísticas) e no twitter (@gerentenobuteco) onde acompanho os retwittes e menções.

Se eu fosse um funcionário CLT, ainda estariam faltando 30 dias para expirar o contrato de experiência. Mas, como o mundo anda mudado temos cada vez mais PJs, Consultores, CLT-Flexs, etc., substituindo a famosa carteira assinada.

Dessa forma, na minha humilde opinião, acho que estou indo bem. O patrão (vocês) ainda não fez nenhuma reclamação (formal) sobre o meu trabalho aqui. De modo que acredito que esta empreitada vai continuar por mais algum tempo.

E pra não fugir o tema do post, vamos falar de feedback. E, em especial, de feedback para o chefe.

Depois que inventaram esse negócio de feedback 360 graus, a vida complicou para os níveis hierárquicos mais baixos. Afinal, eita situação complicada de fornecer um feedback isento, idôneo, completamente honesto, sem meias palavras e sem causar efeitos colaterais quando o avaliado é o próprio chefe.

Como o problema está aí, e ficar me lamentando não resolve. Passei a procurar uma maneira de ajudar meu chefe a melhorar. Afinal, ele também é gente (às vezes não parece, mas é!!!!).

Pois bem, meu objetivo era apontar os pequenos e impactantes 'defeitos' que ele tinha (ou talvez continue tendo, mas agora consegue disfarçar mais). Depois de muita leitura em técnicas de como fornecer feedback, percebi que a literatura é menos abrangente quado o assunto é como 'receber' feedback. Então, espero que ele tenha lido a parte do 'fornecer' e tenha avaliado do ponto de vista do 'receber'.

Leitura feita, hora de por em prática. Mas antes, deixe-me situá-lo(a) no problema.
Tudo corria bem no trabalho até que observei um movimento diferente do pessoal do RH junto com as chefias e não demorou pra que eu fosse informado do processo de avaliação 360o. Obviamente que fui chamado a fornecer nomes de quem poderia (e deveria) avaliar quem, mas, já sabia que logo iria ter que avaliar alguém do nível superior que, potencialmente, seria meu chefe.

Antes mesmo de receber a comunicação oficial, aproveitei e chamei a turma toda para um happy hour com a intenção de descontrair, relaxar, confraternizar, integrar e, planejadamente, já iniciar meu feedback para o chefe.

Depois de umas e outras, e aquele o arsenal de piadas infames que todos contam e acham que ninguém sabe e, principalmente, que julgam ser engraçadas, fui dando um jeito de separar o alvo (chefe) da horda (puxa-sacos).

Fui contabilizando as biritas que ele ingeria pra ter certeza de que quando eu fizesse a abordagem ele estaria mais manso e mais suscetível a opiniões alheias (no caso, a minha).

Fui dando um jeito de tocar em assuntos delicados como por exemplo os problemas do departamento e a influência dele nisso. A conversa foi desenrolando a contento. Mas, quando estava começando a fugir do meu controle, tratava de pedir uma nova rodada e apontava para alguma coisa que pudesse chamar a atenção e desviar do assunto.

Lá no buteco funcionou bem. Ele manteve sua postura (embora levemente cambaleante) e senti que tinha passado a mensagem. Que tinha dado minha contribuição. E, principalmente, que não tinha criado nenhum problema pra mim.

Agora, aqui no escritório, vou ter certeza do resultado dessa estratégia. Amanhã é o dia do feedback. E, vai ser no tête-a-tête.

Então, desejem-me boa sorte. E novamente, obrigado pela audiência e feedback positivo.

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