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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Cartinhas de fim de ano

Para você que é Gerente de Projeto, seguem abaixo algumas sugestões de cartinhas de fim de ano para aqueles entes queridos de sua vida.


Ho Ho Ho.......


"Queridos riscos, fico feliz em saber que não se tornaram problemas durante o ano de 2011. Espero que continuem com saúde durante 2012."



"Problemas queridos, obrigado por me manterem acordado mesmo nas madrugadas mais frias do ano. Foi difícil já que, muitas vezes, somente as doses cavalares de café não eram suficientes."



"Caro Sponsor, obrigado pelo suporte financeiro durante esses meses de 2011. Que 2012 seja repleto de fundo$ para cobrir os inevitáveis rombo$ dos projetos".



"Caro membro da equipe, você que ajudou a aumentar meus cabelos (os que sobraram) brancos e que fez questão de sempre, sem pestanejar, entregar parte do escopo atrasado; que em 2012 possamos, juntos, celebrar entregas perfeitas e completas para, pelo menos, 1 de nossos projetos."



"Caro psiquiatra, obrigado por ajudar a manter a loucura sob controle. E torço que em 2012 você consiga se livrar dos tics e manias que acabei por 'trasmitir' à você durante nossas sessões de terapia".

E por fim, mas não menos importante...

"Querido Papai Noel, tem certeza de que fazer com que eu me tornasse Gerente de Projetos foi um presente? Esse ano quero somente um notebook sem placa de rede, nem wifi ou bluetooth, já que assim não tenho como me conectar à rede da empresa para trabalhar durante os feriados e finais de semana."



"À minha família, em breve estaremos juntos, assim que terminar esse projeto de implantação na Sibéria (desde 2009). Então, logo que reaprender a separar os dias das noites, e meu corpo voltar a passar pelo menos 5h de sono inteirinhas na noite, poderemos desfrutar de ótimos momentos juntos em 2015".



@gerentenobuteco

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Caverna do Dragão = Trabalho

Olá,

Este post não é de minha autoria. Eu até procurei rapidamente (sem sucesso) pra identificar sua origem. Mas, como é bem interessante e divertido (para aqueles que tiveram o prazer de assistir a esse clássico) resolvi dividir com vocês este texto.

Quando sair da Caverna, passe aqui no Buteco!


Escritório = Caverna do Dragão: Quem trabalha em São Paulo sabe disso. O escritório geralmente fica num lugar longe pra caramba, cheio de perigos para chegar (Marginal Tietê, enchente, trânsito), onde você nunca sabe como chegou e tem que penar para sair. Na verdade, quando você entrou nele parecia um parque de diversão, mas na verdade é o lugar onde você vai passar por todo tipo de perrengue antes de voltar pra casa!
Gerente = Mestre dos Magos: Responsável por te colocar nas maiores enrascadas, sempre aparece do nada, pergunta umas paradas nada a ver, não tem resposta para nenhuma de suas perguntas, nunca ajuda e por ele você não sai nunca da Caverna do Dragão. Dizem que ele tem um poder e conhecimento ilimitado, mas você nunca vai ver em utilização. Se é que é verdade mesmo…
Estagiário = Uni: Só faz volume no grupo, não tem nenhuma habilidade especial, não sabe falar (nem escrever), precisa ser salva a toda hora colocando a equipe toda em perigo. Na verdade ninguém sabe porque ela está ali e sempre tem um que quer se sacrificar para ajudá-la.
Diretor = Vingador: Como se não bastasse o Mestre dos Magos para encher o saco, o Vingador (que não tem nada a ver com você ou com seus problemas) vem toda hora te torrar a paciência, aumentando suas tarefas (ou enrascadas) e tentando te aterrorizar com prazos e atividades que você não pode cumprir. Na verdade a função principal dele ninguém sabe direito, mas é um dos seres mais temidos da Caverna do Dragão, que sempre aparece na hora errada e quando aparece você sabe que vem encrenca…
Equipe Assistentes = Eric, Diana e Presto: Tem um que sempre quer se defender de tudo quanto é bucha (com o escudo) e está sempre reclamando por isso, outro que é obrigado a fazer mágica para cumprir a demanda (com o chapéu), e no final todo mundo acaba tendo que pular todos os processos (com o bastão) para o sistema voltar a funcionar….
Analistas = Hank, Sheila e Bobby: Sempre precisa conseguir fazer qualquer coisa (arma, defesa, corda) com apenas um arco e flecha e tem sempre um novato que vem e acaba quebrando tudo o que funcionava perfeitamente (com o tacape). E a Sheila? Digamos que sempre tem um que desaparece quando mais se precisa…
Cliente= Tiamat: No fundo, só quer ter um pouco de sossego. É gigante e poderoso. A Uni (estagiário) acha que ele vai  comê-la, por isso se caga de medo e perde a voz perto dele, o Vingador (Diretor) que se acha o maioral, também treme na base e acaba cedendo a tudo o que ele pede, o Mestre dos Magos (Gerente) não ajuda em nada mesmo, só fica perguntando coisas sem sentido e some quando se precisa dele, e sempre sobra para o resto que se f*#% para vencê-lo a qualquer custo… E depois, com todo mundo cansado e sem paciência, o Mestre dos Magos e o Vingador voltam para trazer mais um desafio antes de te deixar voltar para casa…

Aí você dorme e quando acorda no outro dia, percebe que já está de novo na Caverna do Dragão...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Valorização Profissional

Todos precisamos valorizar nossas profissões, e claro, valorizar a nós mesmos.
Entretanto, é preciso ter o pé no chão e evitar criar uma imagem de si que é muito diferente daquela que os demais enxergam.



Be proud of yourself. But, be honest to yourself.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Novos Ventos

Estava aqui analisando os acontecimentos do dia a dia e me veio a seguinte frase à cabeça: "E se a casa cair. Deixa que caia. Hoje eu vou amanhecer na gandaia." (Teodoro e Sampaio).

Vou usar essa frase para discutir a questão das mudanças nas nossas vidas. Fatos que alteram o curso que havíamos determinado anteriormente.

Não são incomuns estes tipos de situações adversas, mudanças repentinas, acontecimentos inesperados, enfim, toda sorte de 'aleatoriedades' que podem ocorrer e interferir nos seus planos.

Desde a situação do mercado financeiro, até a trajetória de uma bola que é chutada na sua vidraça no final da tarde de sábado chuvoso, podem alterar a dinâmica do seu dia, ou mais profundamente, da sua vida.

Para várias delas, basta fazer como o verso da música "Deixa que caia.", ou seja, você não tem muita influência e não pode deter este 'movimento'. Claro, você pode até estar preparado para sua ocorrência, mas daí a ter condições de tomar alguma ação decisiva, são outros 500.

Para completar este cenário, acabei por me lembrar de uma outra frase, um provérbio Tibetano que diz: "Se seu problema tem solução, então não há com que se preocupar. Se seu problema não tem solução, toda preocupação será em vão."

Aqui, não é uma simples questão de ligar o "F....da-se", mas sim, de saber exatamente contra o que lutar, sobre quais ações tomar e, principalmente, quais não tomar.

Então, como tudo é eterno enquanto dura, aí vão algumas dicas para conviver (e sobreviver) às mudanças constantes:
  • Controle a ansiedade. Mudanças acontecem.
  • Prepare-se. Mantenha-se informado (C) e pronto para a ação (H). Está é uma importante (A)titude.
  • Escolhe quais batalhas lutar: "Ser feliz, ou ter razão".
  • Relaxe. Viver no 120% constantemente não faz bem. Foque na qualidade de vida.
  • Provoque mudanças. Especialmente às que deseja ou precisa.
  • Ligar o F...da-se de vez em quando também é bom. Mas, use com moderação.
  • Passe aqui no buteco, converse com os amigos, reforce o networking e traga-me alguns lucros.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Jornal do Buteco - Relatos de um crime

Na capa desta edição do Jornal do Buteco uma notícia muito desagradável para a comunidade de desenvolvimento de software: "Desenvolvedor é encontrado asfixiado em sua baia!". "Depois de isolar a cena do crime e fazer o 'commit' dos arquivos que ainda não tinham passado pela integração contínua, empresa decide alocar um dos membros da equipe de projeto para apurar as circunstâncias deste crime ediondo."

O interessante foi que, por meio de uma indicação unânime, todos apontaram a área de Auditoria de Qualidade para este trabalho. Este concenso (100%) entre desenvolvedores, gerentes, scrum masters, etc, chamou a atenção da investigação.

A expectativa era de ter resultados rápidos para esta apuração. Para tanto, foram definidos prazos, responsáveis e métricas. Ou seja, Quem? Quando? O que? Como? são perguntas que deveriam ser todas respondidas. Sendo tudo documentado em um pequeno plano de projeto.

Ao iniciar a investigação, o Auditor da Qualidade usa da rastreabilidade para procurar a origem do problema. Verifica artefatos, registros e documentos em detalhe. Estabelece entrevistas individuais com toda a equipe para coletar seu feedback e impressões sobre o dia a dia das atividades da vítima.

Depois de muita investigação, um fato salta aos olhos da investigação: o projeto estava atrasado. Mas, que relação teria este atraso com o crime em si? Esta e outras perguntas precisavam sem respondidas pela investigação.

Os stakeholders principais, impacientes, colocam bastante pressão em todos. Os fatos precisariam ser apresentados logo e o(s) culpado(s), punidos exemplarmente. Budget não era problema, a equipe gerencial estava disposta a fazer todo o esforço necessário para esclarecer esta situação.

A rádio peão trazia de uma maneira 'real time' todas as novidades e especulações sobre o assunto. Boletins regulares eram distribuídos próximos da máquina do café, e através dos diferentes meios de comunicação 'extra-oficiais' da empresa: email, skype, msn, fone e twitter. Chegou-se a pensar até em oferecer prêmios para quem tivesse informações sobre o fato ocorrido, mas, isso não foi considerado conveniente.

Pode-se dizer que, as atividades da empresa literalmente pararam. Não se falava em outra coisa, e surgiu um risco comum para todos os demais projetos da empresa: Ninguém se concentrava em suas atividades. Todos estavam ávidos por novas informações.

Adicionalmente à toda esta situação, os pedidos de desligamento dos colaboradores da empresa aumentaram subitamente. A segurança interna teve que ser reforçada para garantir a tranquilidade dos colaboradores. A área de RH preparou um vídeo com instruções de primeiros socorros, técnicas de guerrilha e encaminhou para o setor de compras um pedido de máscaras de gás (que ficou aguardando aprovação gerencial).

O ambiente ficava cada vez mais 'pesado'. Todos se entreolhavam, desconfiados. Temerosos por serem os 'próximos'.

Finalmente, a auditoria prepara um relatório e, dada a situação caótica e estressante de todos, a alta cúpula da empresa resolve chamar uma reunião geral para apresentação das conclusões.

Com o microfone em mãos o relator ia iniciar seu discurso quando se ouve um grito. Era a recepcionista, que desmaiou (suspeitou-se imediatamente de pura frescura). O socorro chegou rápido. Os brigadistas da empresa foram finalmente testados em uma situação real de 'combate'. Aventou-se a necessidade de fazer o procedimento 'boca-a-boca', mas, enquanto tiravam no par ou ímpar, ela começou a voltar a si. A disputa estava grande: Vai você! Eu não, você primeiro! É nessas horas que você avalia a solidariedade humana. :)

Depois dessa interrupção, o auditor retomou sua fala e iniciou:
- A verdade é uma só: o projeto estava atrasado. A auditoria de baseline apontou a falta de vários artefatos. E a vítima, era a responsável por vários deles.

Esta afirmação colocou em polvorosa a todos, manifestações de todo tipo começaram a surgir, em meio ao tumulto:
- A culpa é do processo, pesado e massacrante! Atestam desenvolvedores solidários ao colega vitimado.
- Baseline afirma categoricamente: "Eu não sabia de nada! Só coloquei rótulos nos artefatos disponibilizados."
- Gerente: na reunião de progresso estava tudo 'verde'. Como eu saberia disso?
- O responsável pelos testes de integração ressalta: Havia falhas na automatização de testes!

Então, eis que surge o desenvolvedor, o que havia sido "asfixiado". Ainda não totalmente recuperado, com olheiras de quem já não dormia bem fazia algum tempo, carregando um pedaço de código impresso debaixo do braço, pede a palavra e diz:
- Sim, nem todos os artefatos foram devidamente armazenados. Era isso, ou perder o prazo de entrega do produto para o cliente. Este processo precisa ser mudado, urgentemente, ou outras pessoas também serão "asfixiadas".

Até então, a alta gerência não havia se manifestado. Ainda um pouco atordoada com toda a confusão, retira-se para deliberar.

A reunião foi encerrada e todos foram convidados a voltar aos seus postos de trabalho.
Bem, a situação ainda não tinha sido completamente resolvida, mas, o nível de stress havia baixado. A parte que interessava ao cliente, ou seja, o código, continuava sendo desenvolvido, mas, o repositório de artefatos do processo ficou sem atualizações.

Algum tempo depois, um novo comunicado da empresa:
- Caros colaboradores, os resultados desse semestre são promissores. A concorrência acirrada exige que nos reinventemos constantemente. E é por isso que foi estabelecido um grupo para revisão de nosso processo de modo a torná-lo ágil e eficiente.

O anúncio foi bem recebido já que vinha ao encontro da vontade de boa parte da empresa, mas, obviamente, haviam os céticos:
- Já vi esse filme.
- De novo?

Mas, também haviam os motivados:
- Finalmente, alguém tomou uma atitude.
- Não vejo a hora de usar o novo processo. Novinho em folha.

E finalmente, os membros indicados para o grupo de trabalho:
- Vamos lá pessoal, vamos colocar tinta nova nesse processo!
- Cores, precisamos de novas cores!
- Já era assim quando entramos na empresa e, não vai ser um 'pequeno' incidente que vai dizer que precisamos mudar tudo.


terça-feira, 12 de abril de 2011

O que não te contaram na entrevista

Não faz muito tempo, participei de um processo seletivo. A vaga não era pra mim, eu estava do outro lado da mesa, ou seja, entrevistando.


Como era de costume, na sala sempre havia alguém da área de RH e outras pessoas (normalmente 2) da área 'técnica'. Por área técnica entenda: aquele pentelho que fica arrumando perguntas capciosas para fazer para pegar o entrevistado no contrapé e deixá-lo ainda mais nervoso e incapaz de conjugar o verbo tobé.

Neste dia específico um fato me chamou a atenção, depois de todos os artifícios técnicos e comportamentais para traçar o perfil do candidato e identificar se o mesmo seria uma boa 'aquisição' para o time da empresa, bem, chegou a hora do candidato falar, ou melhor, perguntar.

Obviamente que o candidato sempre procura fazer uma pergunta inteligente, sobre a estratégia de crescimento da empresa, perspectivias futuras, carreira, mas, no final das contas ele também queria muito saber a parte 'prática' da coisa. Traduzindo, os benefícios oferecidos pela empresa.

Se bem que para este quesito, benefícios, o candidato não precisava fazer muita força já que o pessoal de recursos humanos já vinha 'armado' para fornecer um arsenal de itens:
- vale alimentação (o das compras no supermercado)
- ticket refeição (ou, vale coxinha como é vulgarmente conhecido)
- cooperativa de crédito (juros módicos, facilidade de crédito consignado)
- ginástica laboral (para esticar o esqueleto antes do expediente)
- plano de saúde, odontológico, seguro de vida, blá, blá, blá

A lista realmente era interessante e seguia as boas práticas do mercado. Pois bem, mas isso tudo foi "O que te contaram na entrevista", agora, e o que não te contaram? Você já descobriu?

Voltando para a entrevista, vou dizer o que me ocorreu quando a 'moça' do RH terminou de falar a lista de benefícios. Naquele momento pensei na seguinte frase: "Mas, para conseguir tudo isso você tem que trabalhar, hein!!!". E, como o momento era oportuno já que aquela pessoa sendo entrevistada poderia vir a ser um dos recursos de meus projetos, bem, acabei pensando mais alto e deixando todos saberem o que tinha pensado. Claro, em tom de brincadeira para não pegar mal.

Por mais que fosse verdade, não era exatamente uma prática reforçar os Deveres do potencial futuro colaborador da organização. Os Direitos (benefícios), estes sim, lidos em alto e bom som.

Passados x meses, ou y anos (não sei exatamente quanto tempo faz e nem mesmo quem era exatamente o candidato) fiquei imaginando qual seria a sua resposta a seguinte pergunta: "O que não te contaram na entrevista?" Ou seja, quais os deveres que ficaram escritos nas 'letras miúdas' (iguais as das propagandas de carro na TV por preços inacreditáveis.... até que se leia as letras minúsculas).

Vou então, imaginar as potenciais respostas de alguém que tivesse sido contratado para ser Gerente de Projeto Jr (isto é, início de carreira). São elas:
- Ninguém me falou que aqui todos sabem muito bem quais são seus direitos, mas, seus deveres, nem tanto.
- Não me falaram que eu também teria muitos deveres.
- Que eu teria que matar um leão por dia para conseguir uma promoção, disso eu já sabia. Agora, que para isso precisaria da autorização do orgão competente de proteção à fauna, assinado em 17 vias, e que o processo todo levava entre 2 e 3 meses (se tudo estivesse correto), bem, isso ninguém enfatizou. Além disso, que isso iria (matar leões) ia contra a consciência ecológica da empresa.
- Que embora tivéssemos horário flexível, as reuniões eram sempre marcadas na primeira hora de trabalho, já que os stakeholders principais eram do tipo workaholic e que, como tinham que deixar as crianças na escola, já aproveitavam a viagem e vinham para a empresa. Ou seja, nada de chegar mais tarde ao trabalho.
- Que o refeitório, bem, é um refeitório, e não um restaurante internacional que serve sempre aquilo que você está desejando comer em cada dia.
- Que durante as tão desejadas ferias você teria que atender ao telefone pra resolver problemas.
- Que você tem que seguir um processo (mesmo que com defeitos) para garantir a aderência à certificação da empresa. E que, para mudar o processo existe um processo (também com defeitos).
- e por aí vai.... use a imaginação (ou sua experiência) ....



Então, já parou pra pensar em tudo o que é que não te contaram? Aquelas coisinhas que estavam na 'caixa de Pandora'.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Aimi nóti dógui nou

Isso mesmo, I'm not dog no, embora às vezes fique na dúvida.

Por que? Bem, para que você entenda perfeitamente este sentimento, de marido traído, vou criar uma situação que talvez lhe seja familiar.

Reuniões de acompanhamento de projeto podem ser diárias, semanais ... mensais. Indo do acompanhamento sistemático e que pode beirar ao sistema TeleSena (de hora em hora), até a mais inútil e perfeita verificação de autópsia (quando leva tanto tempo pra verificar o status do projeto que não adianta mais, a vaquinha, coitada, já foi para o brejo).

Entretanto, independentemente da frequência com que estas reuniões acontecem, não é incomum verificar que nas 'n' reuniões anteriores o status estava Verde e, subta e "inesperadamente" foi para o vermelho 'bordô' (traduzindo, é assim um vermelho, bem vermelho, 'vermelho com força' mesmo, entende?!).

Neste momento, é possível que todos (ou pelo menos muita gente, excluindo você) já sabiam que o reloginho de status estava engripado, e você, o 'marido traído' da história, que foi o último a saber, ganhou o direito a apanhar 'que nem' cachorro de rua dos stakeholders principais (sponsor, cliente, etc.). Com direito a ponto negativo no prontuário.

Como é que se resolve isso? Bem, faltou mencionar que o projeto em questão é um projeto de software, não de uma casa, onde você pelo menos 'vê' a evolução (muito embora, por exemplo, vazamentos não sejam percebidos até se usar efetivamente as instalações).

Integração contínua? É, parece uma boa opção. Mas, se os testes contínuos que são realizados forem do tipo 'pra inglês ver', não vai adiantar muito e os relatórios, novamente, todos na cor verde musgo (o 'verde com força', com dose extra de clorofila).

Chicote? Também me ocorreu esta ideia. Algumas chibatadas bem encaixadas deveriam surtir efeito. Mas o pessoal dos direitos humanos e do RH da empresa não iriam aprovar. É, melhor pensar em outra coisa.

Empalação? Nem pensar.... o pessoal da época medieval é que se divertia.

Comprometimento parece ser a palavra de ordem. Mas, como consegui-lo? E, especialmente, como avaliar se o tem?
Mas também é preciso considerar a hipótese de que todos estão comprometidos e empenhados, entretanto, não possuem as habilidades necessárias (ou no grau desejado) para avaliar o andamento das atividades. Isto é, o report está 'correto', só que a 'escala' utilizada é que está errada (ou, o grau de precisão da avaliação é muito baixo).

Metas? Resultados? Avaliação 360o? Claro! Tudo importante, necessário e até mesmo eficaz em várias situações. Mas, tudo isso é ação do tipo 'post mortem', ou seja, quando você consegue avaliar o projeto já terminou (ou está dando problemas) e os riscos já se tornaram dores de cabeça faz tempo.

Resumindo, é preciso antecipar ações, antever situações e agir pro-ativamente. Ação e não reação!

Depois de toda esta argumentação, fica faltando a 'cereja do bolo', o 'pulo do gato', aquela dica sensacional, o 'super trunfo' que resolve tudo. Bem, se fosse um jogo de poker, bastava ter um Royal Straight Flush, ou então, no truco, era só ter o casal maior, e pronto. Tudo resolvido e ninguém (além dos adversários) sairia ferido.

Vou pensar no assunto, ver se resolvo, ou pelo menos, penso em um 'dummy guide'. Não posso prometer mais do que empenho. Enquanto isso, deixe as antenas ligadas e vale a máxima "Plan for the worst and hope for the best" que, traduzo 'literalmente' por: "Güenta as ponta que sempre vem chumbo du grossu pru seu ladu!"

quinta-feira, 10 de março de 2011

Regularidade

Em diversos esportes, como as corridas de longa distância ou os rallies, regularidade costuma ser a chave do sucesso.

E no caso de um blog, vale a mesma regra. Quando mais regulares foram as postagens, melhor. Claro, que a qualidade do material postado também conta muito.

E, como se pode ver,  esse blog não segue em nada o que seu editor (eu) pensa! :)

E as desculpas são várias, mas, não resolvem o problema. Eu posso até tentar me explicar, mas, nem vou tentar pois nem eu mesmo aceitaria um monte de argumentos que só servem para 'encher linguiça'.

Para os reportes de projeto, especialmente os que envolvem stakeholders com grande poder de decisão e influência sobre o projeto, vale a mesma regra. Você pode até explicar as razões pelas quais algum(ns) dos, por exemplo, índices de performance do projeto estão off track. Mas, mais importante que isso, é preciso dizer o que precisa (e vai) ser feito para recuperar o projeto e fazer todos os relógios ficarem Dark Green (em uma escala Vermelho -> Laranja -> Amarelo -> 'Verdinho' -> Verde Escuro).

E a regularidade dos reportes ajuda muito nisso. Como? Veja só.... imagine que você recebeu um reporte 3 meses atrás onde tudo estava verde e, esta semana, o último reporte parece a sua prova de português (caneta vermelha pra todo lado). Neste contexto, a menos que você seja uma entidade divina, de uma benevolência ímpar, e um desapego total aos resultados, é bastante provável que sua reação não seja nada agradável.

O gerente de projeto não é um super-man, capaz de resolver tudo sozinho, mas, é responsável por trazer informações úteis e organizadas de modo a mostrar a evolução do projeto. Sair de 'verdão' e chegar ao 'vermelho', fazendo escalas por todas as cores é bem mais saudável do que fazer um 'vôo' direto de um extremo ao outro.


Então, mantenha a regularidade nos reportes. A vaca pode até estar indo para o brejo, mas, é bom que todos saibam que ele está indo, e, principalmente, quanto falta pra chegar até lá.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Contagem regressiva

Falta pouco menos de 1 mês para o Carnaval, então, para você que quer trabalhar, mudar de vida, ou simplesmente, 'começar bem o ano', está na hora de começar a planejar. Por quê? Simples, está quase na hora do Brasil voltar a funcionar! :) O ano novo do calendário já foi, mas, o ano novo comercial está por começar.

Se é como dizem, logo logo o Brasil volta a ativa, afinal, somos o país do futebol (que está acompanhando a aposentadoria de um de seus ícones, em meio ao reconhecimento internacional de outro, no sub20) e do carnaval (que esse ano também vai entrar na passarela desfalcado).

Se o hodômetro só é ligado depois do carnaval, você já está mais do que atrasado para traçar seus planos, metas, objetivos e, principalmente, converter tudo isso em ações práticas.

Comece a se mexer antes que a turba simplesmente te leve (pra algum lugar) ou então, os garis que vem logo depois das escolas, bem, te confundam com algum reciclável qualquer, ou então, pior, com um descartável.

Como ouvi uma pessoa dizer certa vez "A tendência é só de melhorar! Se não está melhorando, é porque não ficou ruim o suficiente ainda!". Se além de trágico, é a realidade pra você, "levanta, sacode a poeira e dê a volta por cima".

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Formação de Equipes de Projeto

Escolher a equipe adequada para um projeto é, além de uma tarefa muito importante para o sucesso do projeto, um exercício que requer:
  • organização: para estabelecer metas.
  • foco: para se concentrar nas demandas mais importantes.
  • paciência: para encontrar a combinação "ótima" de recursos.
  • negociação: para conseguir ganhar prioridade sobre outros projetos e trazer os talentos para seu time.
Pois bem, para analisar este processo de Formação de Equipe de Projeto vou abordar um caso prático que vivenciei.

Neste projeto o objetivo principal era: Beber o máximo número de copos de cerveja no menor intervalo de tempo. Isso mesmo, beber até não aguentar mais.

Este evento fez parte de uma competição promovida entre diferentes butecos da cidade. Claro que o objetivo principal era o de integração, diversão e bebedeira. Mas, colocar alguns KPIs (números, percentagens, metas, etc.) na brincadeira, não faz mal não é mesmo?!

Desafio aceito (O Buteco não poderia ficar de fora dessa celebração..digo..competição), então, era hora de planejar este projeto que, embora não precisasse de todo formalismo descrito por metodologias consagradas, seria bom ter um mínimo de organização para aumentar as chances de vitória. Se bem que na realidade, este projeto não vai ter perdedores, mas, sim, bebedores.
Quase me esqueci de mencionar, os donos de cada um dos butecos seriam os técnicos, gerentes, incentivadores e promotores. Então, chapéu de gerente de projeto na cabeça e vamos ao plano!
Pois bem, com o objetivo claramente traçado era preciso escolher com cuidado a equipe, que vou chamar a partir de agora de "Drink Team".

Precisava ter uma equipe capaz de conseguir atingir a meta e levar o nome do Buteco para o hall da fama.
Obviamente que a equipe do projeto seria então formada pelos frequentadores (assíduos) do Buteco. Então, comecei a analisar as diferentes criaturas que aqui vem afogar suas mágoas e também se descontrair. E foi assistindo a um torneio de atletismo na TV que tive a ideia de comparar meus clientes com dois tipos básics de corredores:
  • maratonista: mantém um ritmo constante e consegue beber grandes quantidades, mas, precisam de longos intervalos de tempos. A rodada pode ser longa, mas, tem que ser somente uma, e nada de correria, é preciso saborear.
  • velocista: bebe bastante de uma vez, mas, se satisfaz rapidamente e demora um tempo até estar pronto para a próxima (rodada). Além disso, costuma virar um pentelho depois do tanque cheio.
Como o torneio de bebedeira tinha duração determinada e de nada valia beber mais rápido cada copo, mas sim, a quantidade de copos (litros), o maratonista seria uma ótima opção. Entretanto, como o tempo da prova não era dos mais longos (2h), talvez fosse bom pensar em ter algum velocista no início (pra motivar a equipe, como o 'coelho' das provas) ou no final, para aquele sprint final e ganhar mais alguns copos.
Lá no Buteco frequentam figuras antológicas (quase mitológicas) e, certamente, bastante alco_ó_licas. Gente com tanques de armazenagem com grande capacidade (panças de todo jeito), mas também, alguns pangarés raquíticos que consegem ingerir bastante líquido.
Algumas dessas figuras são:
  1. Zé do copo: esse bebe rápido, mas, se embriaga mais rápido ainda, ou seja, é um velocista.
  2. Zeca: cara fiel a uma única marca de cerveja, um maratonista nato, e duro na queda (são necessários muitos copos para derrubá-lo). Ele sempre me 'ajuda' a fechar o Buteco, é o último a sair.
  3. Tia Tetê: a idade dela ninguém sabe, e se descobrir e divulgar, vai acabar tendo problemas. Mas, além de gente boa, é bem boa, mas de copo.
  4. Jão: de tão frequente que é no Buteco, quase que preciso colocar um ponto eletrônico e dar um crachá pra ele. Mas, esse só cerca o frango, um copo dura muito tempo na mão dele. Acho que ele serve pra ficar na torcida.
  5. Pimpolho: cara de novinho e idade avançada (o apelido é por causa da estatura, mas não conte pra ele). E esse, bem, acho que ele bebe só água com gás. Seria um bom motorista pra entregar a turma em casa depois da disputa.
  6. QuéQué: Ganhou o apelido por causa das telenovelas. Ele até que bebe bem, mas o que faz mesmo é xavecar (talvez troquemos o apelido dele pra Fala Mansa). Pra esse, ainda tenho que pensar uma função.
  7. Anônimos e Anônimas: tantos outros que com habilidades diferentes, também estão sempre pelo bar.
Creio que você já entendeu o espírito da coisa. Mas agora, tenho que traçar uma estratégia, escolher os integrantes e planejar a atuação de cada um. Bem, tem muito trabalho ainda, então, melhor continuar em outro post....é muita informação.

    sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

    Gestão "Good Cop, Bad Cop"

    Talvez você já conheça a tática psicológica utilizada em interrogatórios de suspeitos (wikipedia) onde um policial 'bonzinho' (good cop) se mostra amigo, compreensivo e tenta ganhar a confiança do suspeito; e  outro (bad cop) que tem atitudes, digamos, um pouco mais animalescas e procura intimidar (física e psicologicamente) o suspeito para conseguir a informação que deseja.

    Pois bem, estas duas forças, alternadamente e em conjunto, vão minando as resistências dos indivíduos interrogados até conseguir o objetivo principal que é o de obter sua confissão.

    Mas que relação isso tudo tem com o gerenciamento de projetos? A resposta é: Gestão de Pessoas!.

    Como dizem os desenvolvedores de software, 'se não fossem os usuários, não haveriam bugs de software'. E no caso dos projetos, 'se não houvessem pessoas, não haveriam conflitos e problemas'. Pois bem, partindo dessa premissa, de que se você tem que interagir com pessoas, prepare-se, você terá muitas surpresas, vamos ver como utilizar a técnica do Good Manager, Bad Manager, principalmente na gestão de problemas.

    Uma situação rotineira é a de que os problemas que ocorram durante o andamento do projeto sejam reportados à você, gerente desse projeto, certo? Então, normalmente cabe a você a decisão de que atitude tomar em função das estratégias previamente estabelecidas, certo? Mas, não cabe a você executar as atividades propostas, e sim, cabe às pessoas (os recursos alocados no projeto) realizar o que for necessário, certo?

    Resumindo: Você é o responsável pelos problemas que ocorrem, Você precisa saber o que deve ser feito, mas, quem vai fazer são outras pessoas.

    Até aí, nenhuma novidade, C'est la Vie!

    Neste momento, onde você parece um ímã atraindo toda a sorte de problemas para o seu lado, é que você precisa respirar fundo, contar até 1bilhãoquatrocentosetrintaesetemilhõesnovecentosecatorzemil..... e resolver se está na hora de usar o chapéu 'Good' ou o chapéu 'Bad'.

    Escolhendo o chapéu, você escolhe que tipo de abordagem vai adotar com as pessoas que vieram atrás de você em busca de orientação, de rumo, ou até mesmo, em busca de ver a sua cara quando souber o que está acontecendo com o projeto que é de sua inteira responsabilidade.

    Mas, vamos ao que interessa...

    Neste tipo de gestão você vai adotar a política do 'Bate e Assopra', ou seja, em um dado momento você vai usar o 'chicote' da autoridade que lhe foi concedida para gerenciar o projeto e colocar a turma pra trabalhar e encontrar a solução para o problema, enfim, você vai 'bater' sem dó nem piedade. Já no momento seguinte, você vai ser mostrar compreensivo, prestativo e vai empenhar esforços junto com a equipe para encontrar um caminho que satisfaça às necessidades do projeto.

    Uma maneira de aplicar esta 'técnica' é fazer com que a equipe sinta que ela, junto com você, é responsável pelo resultado do projeto (que infelizmente eles teimam em 'esquecer'). Ou seja, você chama todo mundo na 'chincha' pede empenho, dedicação, profissionalismo, etc. Por outro lado, digamos que por exemplo seu problema seja de atraso no cronograma. Pois bem, junto com o cliente, e sem a equipe saber, você (usando de toda a astúcia e arte de negociação que lhe são características) negocia um novo prazo para a entrega (vamos supor mais 1 mês). Assim, você foi o 'Bad Manager' fazendo a turma trabalhar pra valer, mas também foi o 'Good Manager' que negociou um novo prazo.

    Obviamente que você não pode perder o foco em 'encantar' seu cliente e garantir a entrega do projeto.

    Voltando para a equipe você, depois de alguns dias onde eles estão mais do que empenhados e fazendo aquele esforço extra para concluir o projeto, traz a feliz informação de que você consegui mais 15 dias para a conclusão do projeto (Não vá entregar o ouro todo para o 'bandido' e mostrar tudo que tem. Não vá deixar uma nova oportunidade para síndrome do estudante entrar em ação).

    Com isso, você:
    • mostrou ter pulso na condução do projeto (Bad).
    • conseguiu verificar quem são as pessoas empenhadas e comprometidas na sua equipe (Good/Bad).
    • garantiu que a sua empresa não vai ter problemas com o cliente (Very Good!).
    • e agradou seu time indo atrás de mais prazo para a conclusão das atividades (Good).

    Posso garantir, a técnica é mais do que boa. "Bater e assoprar" mantém as pessoas ativas e espertas quando 'apanham', mas também a faz se sentirem 'protegidas' quando você 'assopra'.

    O problema é quando o stress do dia a dia faz com que a porção 'Bad' da sua personalidade se sobressaia à sua porção 'Good'. Nesta hora, a tendência é a de que os problemas se multipliquem. Mas também, se você estiver sempre no ritmo 'Paz e Amor', a turma relaxa e nada sai como e quando deveria.

    terça-feira, 4 de janeiro de 2011

    Buffer em projetos

    Se você manteve a média dos últimos (todos) anos, você (assim como eu) certamente acumulou bastante energia na forma de calorias depois das ceias de Natal e Réveillon. Mas, também é claro, que as inúmeras ceias, celebrações, happy hours e outras tantas extravagâncias gastronômicas das últimas semanas do ano de 2010 também deram sua contribuição.

    Então, energia pra encarar a volta ao trabalho não deve faltar. Veja bem que estou falando de energia e não necessariamente de disposição.

    Assim como ocorreu com suas medidas (hora de comprar calças novas!) é importante ter sempre uma 'sobrinha' nos projetos para absorver potenciais (muito prováveis) problemas que, certamente, vão requerer dispêndio financeiro para a sua solução.

    No seu caso, uma boa dose de academia, caminhadas e almoços rápidos de lanches 'light' durante 2011 devem ajudá-lo a recuperar a velha forma (que, mesmo sendo uma forma de pera, mas que não precisa ser uma pera de Itu).

    Já nos seus projetos, a 'economia' (ou acúmulo de energia) pode ser por meio de:
    • Ótimo desempenho da equipe (gastando menos tempo do que o planejado na execução de tarefas).
    • Orçamento previsto no plano de projeto que é normalmente reservado para problemas (claro que se sobrar mesmo, você não vai ficar com este valor disponível para outro projeto).
    • Passar a sacolinha em projetos lucrativos (mas isto, não é lá muito digno, ético e divertido de se fazer).

    As opções acima, embora válidas, vão depender muito de como sua organização trata as questões financeiras dos projetos.

    Já no seu caso específico, talvez uma cinta modeladora do Dr. Hollywood o ajude a entrar naquele terno de grife que você tem para participar de uma reunião importante marcada de última hora.

    No mais, vale a boa e velha regra: "Gaste menos do que ganha", ou, no caso dos projetos, "Gaste menos do que planejou". Além de evitar desgastes e correrias, você sai bem na 'fita' e ainda continua sendo um candidato à uma promoção.